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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

FIM

Mesmo sabendo que no fim você vai chorar, se machucar e sentir uma terrível dor esmagando seu pobre coração como se fosse uma latinha vazia, você adora começar. Talvez tudo que acontecer até o fim compense essa terrível dor. Talvez valha a pena arriscar.

"Não sei porque tantos PORQUE'S"

Porque seu coração insiste em bater mais forte? Porque você suspira de repente? Porque você ri sozinho na rua? Porque sua cabeça anda na lua? Porque você não para de pensar na mesma coisa? Porque fica imaginando coisas que podem ou poderiam acontecer? Porque você parece sentir borboletas no seu estômago? Porque você está apaixonada por ele? Porque se você nem o conhece direito? Porque se você sabe que ele gosta de outro alguém?


Porque não podemos escolher quem amar? Porque você me faz sofrer coração? Você gosta de me ver chorar?

sábado, 27 de agosto de 2011

Sinto a sua falta...

Sinto nesses últimos dias meu coração doendo, batendo apertadinho lá no fundo do meu peito.
Sinto arder minhas veias a cada vez que meu sangue é bombeado por ele para todo meu ser. As borboletas que voavam em meu estomago agora foram substituídas por pedras gélidas que me esfriam de dentro pra fora. É estranho sentir a falta de algo que nunca foi seu. Assim como é estranho sentir saudades de alguém que você nunca conheceu? Eu não sei, e nem quero saber . Só sei mesmo assim eu Sinto a sua falta...

E isso dói muito

sábado, 20 de agosto de 2011

Eu quero...



Quero seguir um único caminho, um só meu e de mais ninguém, quero fazer apenas aquilo que me fizer feliz, não quero fazer nada apenas por uma simples obrigação a vida é apenas minha e de mais ninguém...

Quero aproveitar cada segundo até mesmo os dramas e melancolias, porque a vida é minha e não quero perder nada que possa me ensinar a vive-la...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Queremos respeito aos nossos professores.

Está lá. Art. 6º da Constituição da República Federativa do Brasil, junto com a saúde, o trabalho, a moradia, lazer, segurança e outros direitos básicos. A educação, direito Social, dos direito e garantias fundamentais á vida. Fundamentais que deveriam ser tratados como prioridade pelo governo, mas ao invés disto o que temos?

Alunos, que vão prestar vestibular, fazer o enem e escolher seus futuros, parados, sem aulas, sem as quais vão fazer uma tremenda diferença em breve. E então perguntamos-nos: “Por que”? Por que estão parados? Por que seus professores estão em GREVE! Greve, que parece uma palavra tão desatualizada e em desuso em instituições de ensino, volta à tona e não por que nossos professores querem ganhar mais, mas sim porque o governo que enche tanto a boca para falar em educação durante as eleições, não lhes paga nem se quer o que lhes é de direito.

Sim, senhoras e senhores, direitos! A greve está acontecendo por que a eles foi negado um direito de receber o que lhes é devido.

Mas é claro que isso não importa ao governo, quanto mais analfabeto e ignorante for o povo, mais fácil será enganá-lo, não é? Porem, nós estamos aqui, não mais para pedir, mas sim, para implorar que respeitem os professores que nos restam e não pense que é drama, se você entrar em uma sala de aula qualquer e pedir que levante a mão quem deseja ser um professor, terá sorte se um deles levantar e isso por que é uma profissão exaustiva e desrespeitada demais atualmente, é claro que é extremamente nobre e honrosa, porem exige anos de estudo e seu valor nunca é devidamente reconhecido por governantes como os atuais que mesmo tendo batido mais uma vez o recorde na arrecadação de impostos, só se importa em aumentar o salário de corruptos políticos que provavelmente foram eleitos por esse mesmo povo a quem agora nega EDUCAÇÃO!

Ao governo nosso MUITO OBRIGADO!

 
O QUE PRECISAMOS FAZER PARA SERMOS OUVIDOS?
Quando é que voltaremos a ter aulas? Quando é que nossos professores voltarão para a sala de aula? Ein GOVERNO?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jess

Este é um trecho do meu livro, uma parte que eu considero emocionante e que eu mesma chorei escrevendo.
É parte do primeiro capítulo, logo após a morte da mãe de Jess, mais especificamente minutos após seu enterro, ela foi assassinada na noite do lançamento do terceiro livro de Jess. E depois trará verdadeiras revoluções e mudanças na vida dessa garota.

_____

-Charlie, você pode me deixar um pouco sozinha aqui, por favor? Antes de irmos?


-Tudo bem, Jess. Eu te espero no estacionamento assim que estiver pronta. –disse ele.



-Tá. –Esperei até que ele se afastasse, deixei novamente que algumas lágrimas rolassem agora elas já não rolavam tão intensamente, porque depois de tanto tempo os meus olhos já estavam secos e ardiam muito. –Mamãe, sei que você não pode me ouvir, e neste ultimo dia tenho ido contra tudo que eu acredito, e queria muito que você pudesse ouvir agora tudo que eu tenho para te dizer, o que é bem impossível, é claro, mas se de alguma forma dai aonde você esta, não sei exatamente aonde, ou se este lugar vem a existir, mas eu quero que saiba que eu te amo muito mais que a minha própria vida, que você era tudo que eu tinha e que agora só restam cacos, cacos minúsculos de vida em mim, os pedaços mais fracos insignificantes e vazios da minha vida são os meus, os pedaços mais importantes de mim foram embora com você, e por mais que as pessoas ao meu redor, as pessoas que me amam, tentem colar estes pedaços, eu jamais voltarei a ser como era antes, sempre vai faltar um pedaço, este pedaço enorme que era você. A dor pode diminuir, mas a cada natal, a cada pascoa, a cada aniversário meu, a cada aniversário seu, a cada dia das mães, eu vou lembrar-me de você e da dor que isso deixou no meu peito. Afinal eu nem sei o que vai ser de mim a partir de agora, eu não sei aonde vou viver, se vou viver com a vovó ou sei lá mais quem pode me querer, quem sabe ninguém, quem sabe como vou me virar agora sem você, como vou fazer sem você que me apoiava em tudo, eu quero saber como é que se faz para se manter em pé quando não se tem mais chão? Como se constrói uma casa começando do telhado para baixo? Como eu vou viver aqui sem você? O será de mim sem o seu amor? Eu te amo. Mamãe. E espero que se você estiver em algum lugar olhando por mim, me de forças pra viver e entender como viver aqui sem ter você. Mamãe como eu vou conseguir amar se meu coração se transformou em um enorme buraco negro, se meu coração parece um furacão? Eu só quero que saiba que eu preferia ter morrido, ao fazer o que eu fiz, foi por minha causa que você está ai, foi por mim que você morreu. Eu daria minha vida para estar no teu lugar. Mamãe eu te amo. – Deixei o buquezinho de rosas brancas que eu tinha na mão encima da plaquinha na grama recém-colocada encima da terra remexida, que indicava a ultima lembrança da minha pior perda.

Levantei e quando me virei Charlie estava logo ali, um pouco distante, mas não muito, me esperando, de braços abertos para me dar um abraço. Eu fui bem devagar e ao abraça-lo mais uma vez senti meu rosto humedecer.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Você

-Você me faz sentir tão boba, tão feliz e tão nervosa...
Eu poderia dizer uma infinidade de coisas que eu sentia, eu podia contar o quão especial é olhar em seus olhos, quanto meus batimentos aceleram quando você sorri e suas covinhas aparecem por baixo da sua barba, o quanto me falta o ar quando você esta chegando, eu poderia descrever as palpitações de alegria se espalham pelo meu corpo quando estou com você, eu poderia te contar da vontade se sair pulando e comemorando, para botar pra fora tudo que eu sinto quando você me beija. Eu queria poder dizer em palavras o quanto eu te amo. Mas me contento em tocar seu rosto e deslizar a ponta dos dedos pela sua barba macia, tocar teus cabelos e beijar-te com a maior vontade de todo meu ser. Apenas para ouvir da tua boca um...
- Eu te amo querida.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sindrome do Pânico (IV)


Tenho medo de machucar o coração de alguém. E usar das palavras para ferir.

Porque as feridas causadas por elas, médico nenhum pode curar!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Basta sentir...

-E então o que você mais gosta?


-É uma longa resposta quer mesmo ouvir?

-Claro.

-Bom, eu gosto dos dias de céu azul, quando há poucas nuvens, mas gosto mais quando o tempo está fechado que a chuva pode chegar a qualquer momento, gosto das tempestades de verão, gosto de tomar banho de chuva, gosto de pipoca com os amigos, gosto de ficar a tarde inteira sentada em um lugar imenso e vazio lendo um livro, gosto de ficar no meio da multidão dançado como uma doida as musicas que eu mais gosto, gosto do silencio absoluto, gosto do barulho dos pingos de chuva, do cheiro da chuva, gosto do cheiro das flores do limoeiro, gosto de cachorro-quente, pizza, gosto de sonhar, gosto muito de livro, gosto de romances, gosto muito da minha família, gosto de cheiros que lembram a minha infância, gosto de tudo que lembra a casa da minha avó, gosto de crianças, gosto de fazer o bem, gosto de muita coisa que a maioria das pessoas exclui. Gosto de tanta coisa que as vezes é impossível dizer tudo isso em uma única vez.

- Puxa, foi uma resposta realmente longa.

-Perdoe-me. E você do que mais gosta?

-Não se desculpe. O que eu mais gosto é de você!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Acasso

-Você não vai mesmo me deixar aqui? Vai?


-Eu disse que sou imprevisível.

-Não se fça eu sei que você quer sim. Eu senti você se derreter.



Beijei sua bochecha e voltei ao grupo de garotas que eu estava antes dele vir falar comigo. Tudo bem que eu queria ter beijado-o, mas ele tinha se convencido de que tinha me conquistado cedo demais. Ele foi super carinhoso e muito fofo. Minhas amigas se decepcionaram com minha atitude. E fiquei com dó de sua cara de cachorrinho pidão, mas tenho princípios (problemáticos princípios, porém os tenho). Até o fim da festa ainda trocamos olhares.

-Vamos, já ta tarde.

Quando saímos boa parte das pessoas já estavam indo embora. Minhas amigas foram para casa e eu fiquei esperando o táxi. Rezei para que ele saísse por aquela porta e me puxasse pelo braço e me beijasse ali mesmo com toda a intensidade possível.

(…)


 
O sol começava tocar meu rosto quando acordei sobressaltada. A primeira coisa que veio em minha mente foi aquilo. Ele

-Oi, meu nome é Guilherme. -Tudo bem eu paro até mesmo de beber se não acredita em mim. -Medo de gostar de alguém? E o que eu faço com o meu coração arrasado?

Tentei me convencer de que tudo aquilo era o mesmo papinho de todos. Que eu era idiota. E ele tentará me pescar.

Mas os dias foram se passando e cada vez ficava mais difícil tira-lo da minha cabeça. Cada vez que eu ia para o centro da cidade, cada vez que eu pegava um ônibus toda vez que eu estava parada em um local movimentado eu procurava. Esperava vê-lo.



Que droga! Que inferno! Foram alguns minutos de conversinha barata eu não conseguia tira-lo da minha cabeça a um mês inteiro. Tudo que eu fazia me lembrava ele.



(...)

-Olá será que eu posso tirar uma foto da senhora e do seu netinho? Eu sou fotografa e tiro fotos do cotidiano. Vocês me trazem boas lembranças.

... - Obrigado, vocês ficaram lindos.

Continuei meu caminho em direção ao trabalho tirando minhas dezenas de fotos cotidianas. E então uma rajada de vento desprendeu milhares de florezinhas amarelas das árvores primaveris, fazendo daquela praça o lugar mais encantador do planeta. O que pedia uma foto com os braços abertos recebendo o vento e as florezinhas que vinham carregadas por ele.

-Será que você poderia tirar uma fot...

-Você

Olhei em seus olhos e nem fui capaz de responder qualquer coisa, fiquei ali hipnotizada com a obra do acaso. O motivo da minha exaustão psicológica, ali para que tudo piorasse.

Ele pegou a câmera em minha mão e indicou com a cabeça para que eu fosse para o meio onde a quantidade de flores era maior. Virei me e caminhei até lá meu vestido esvoaçava nas beiradas e então a cada movimento novo que fizesse ele tirava uma foto.



- Obrigado, nem sei como agradecer. - Eu disse enquanto pegava a maquina de volta, afinal com minha cara de assustada nenhuma das fotos deve ter ficados boa o suficiente.

-Mas eu sei. - Essa foi a única coisa que ele disse antes de me agarrar com força e beijar-me tão intensamente quanto eu sonhava a dias, semanas.

-Você não sabe o quanto eu queria fazer isso.

- Tudo bem, digamos que eu também não consegui esquecer você.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sindrome do Pânico (III)

Tenho medo de amar! Amor de verdade pode doer demais, decepções doem demais, por menores que sejam sempre machucam. Meu coração arde só de imaginar que isso pode acontecer.


Ouvi qualquer dia que não são as pessoas que nos decepcionam e sim nós que esperamos mais que ela podem nos dar.

Assim como podemos sofrer também podemos melhorar as coisas é tudo uma questão de tempo.

Aliás, maldito tempo que corre e me escapa pelos vãos dos dedos e leva tudo que lutei para ter, que devora minhas alegrias transformando-as em passageiras e depois corre deixando-me sozinha com meus medos e aflições e então volta, trás tudo de volta, e em um segundo os tira novamente me deixando perdida em um ciclo vicioso que me aflige e me destrói aos poucos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Suicidio de Jenna V. Última página do Diário.


A morte é muito confortável. De certa forma a cura de todas as dores incuráveis. O atalho para o fim dos seus problemas. É a tranquilidade para as almas inquietas. Fim de sofrimentos indispensáveis. Morrer é fácil, é rápido, dói menos que muitas dores de amor, que dores de saudades, dói menos que as dores do coração. Ela Com toda certeza a forma mais simples e rápida para o não sofrer mais. Porém a mais egoísta delas.

Não sei como agir...


- Léo, eu já estava preocupada demais, desde que atrasou. Isso não podia ter acontecido, como foi que isso aconteceu? A gente sempre se preveniu. Droga, não podia. Eu não quero esse filho, eu vou abortar.

Ainda dá tempo de tomar alguma coisa. - Eu terminava a frase quase gritando, parecia cada vez mais difícil de guardar aquela vida dentro de mim, parecia que a cada segundo que passava ficava mais difícil tomar uma atitude.

- Não. Olha pra mim, olha aqui - Disse me puxando meu braço e me fazendo o encarar. - Eu vou dar tudo que essa criança precisa, tudo que você precisa. Eu amo muito você e quero esse filho. Claro que ele não veio no melhor momento, mas eu posso dar tudo que ele precisa e muito mais.

- Não Léo! Você ta louco? Eu não posso, eu NÃO QUERO. Eu tenho 18 anos ainda. Você já tem a tua carreira, já conquistou seu espaço no mercado, já é bem sucedido no que escolheu , e eu, eu mal terminei a porcaria do ensino médio, mal comecei a fazer faculdade. - Chorando eu mal podia vê-lo. A única coisa que passava na minha cabeça era como eu podia ter deixado isso acontecer? - Eu vou abortar e ponto final.

- Por favor, você não precisa contar para ninguém, antes que sua barriga comece a crescer eu pago para você um curso no exterior, depois que a criança nascer você volta e entrega ela pra mim. Não tira esse bebê. Saiba que eu te amo muito. E vou te amar cada vez mais, ainda mais se você não me negar esse incrível presente que a vida esta nos oferecendo. Senta aqui, vamos conversar, depois você vai para casa e pensa bem, pesa tudo que a gente combinar e então decide o que é o melhor a fazer. Eu prometo te proteger e sempre te amar como hoje.

Eu estava me sentindo perdida sem chão, sem um galho, sem nada para ter onde me segurar, eu parecia estar sendo sugada por um turbilhão e sem ter como me defender, mas quando ele me abraçou finalmente senti novamente meu coração acalmar, o medo se calar. Eu sabia que teria ali sempre meu porto seguro, teria amor tão incondicional quanto o amor que eu sentia. Eu apenas não tinha certeza se essa era realmente a hora certa para ter tudo isso, cedo demais, para ter tantas responsabilidades. Mas eu tinha realmente que pensar, eu tinha o poder de uma vida em minhas mãos, ainda que essa vida pudesse não ter sentido ainda, ela já era amada por alguém.

Pai. Suicídio de Jenna IV

A dor de se perder alguém próximo é terrível, porém a dor de se perder um filho não se compara a nenhuma outra dor, nem emocional, muito menos física. Eu preferiria ter sido torturado até morrer por exaustão ao ter perdido minha menininha. Eu jamais poderia descrever a dor, meu coração sangrava aos poucos desde o forte golpe de quando ficamos sabendo que ela tinha um tipo grave de câncer que não podia mais ser curado pelo estágio avançado em que se encontrava. Fiquei mal demais a partir deste dia, eu passei a frequentar menos minha própria casa nas primeiras semanas, eu era o líder da família em todas as situações, mas não era forte o suficiente para conseguir suportar a dor de saber que minha princesinha morreria, quando mal teve o direito de aproveitar sua vida. Porque ela? Porque não eu?


Quando consegui me recuperar parcialmente do golpe, passei a ficar o máximo de tempo possível com ela. E aproveitar cada segundo que me restava com o bem mais preciso da minha vida. E mesmo com o diagnóstico de vários especialista eu sempre nutri falsas esperanças, ultimamente eu estava até convencido de que poderíamos encontrar algum tratamento. Minha mulher Lilian e Josh sempre choravam quando discutíamos sobre isso. Mas eu não podia aceitar o fato de que Jenna estava fatalmente condenada. Ultimamente ela parecia tão serena, dormia boa parte do dia, estava mais fraca, mas tão incrivelmente doce quanto sempre foi. Agora eu mal podia sofrer, eu tinha que ser forte Josh e Lilian estavam sofrendo demais, alguém tinha que segurar a onda. E aquilo parecia me desmontar célula por célula, como se eu estivesse sendo destruído aos poucos. Eu não tinha mais vontade de comer, muito menos que sair da cama todas as manhãs. E as vezes eu mal podia falar sem que um caroço enroscasse na minha garganta. Perdi as contas de quantas vezes essa semana me tranquei no banheiro ou na despensa para poder cair em desespero e chorar como uma criança sem que ninguém me visse. Perdi as contas de quantas vezes minha secretária falou comigo e eu nem percebia sua presença até que perguntasse se estava tudo bem e terminasse me consolando em uma crise desesperada de choro interminável. Mas eu jamais magoaria Josh e nem Lilian, eles já sofriam demais. Porém sempre faltaria um pedaço de mim, o mais doce, mais amável e mais importante.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Suicídio de Jenna III. Mãe

O táxi parou chegando na 5th avenida, então meu coração disparou em uma ansiedade agonizante. Vi o taxista perguntar ao garoto que voltava, apenas o ouvi terminar para sair correndo do carro, deixei meu casaco e minha bolsa lá dentro em um impulso de um terrível pressentimento.

Corri entre o zigue-zangue de carros, as palavras do garoto ecoando em minha mente e fazendo meu coração congelar. “uma garota jogou-se de um prédio” ’ uma garota, jogou-se, jogou-se, uma garota, uma garota jogou-se de um prédio...’ Meu coração batia cada vez mais rápido e minha respiração acelerava mais forte a cada passo. A cada passo era cada vez mais difícil passar, tinha cada vez mais pessoas. Enfiei-me por entre elas e fui me livrando dos milhares de curiosos um a um, enquanto meu coração parecia estar sendo comprimido, ele doía só de pulsar, minha veias latejavam e o ar abafado passava gélido pelos meus pulmões. A agonia e o pressentimento ruim nem se compraram a dor e ao desespero que eu senti ao ver Josh saindo de cima do corpo esfacelado de sua irmã, todo sujo de sangue, em desespero e vindo em minha direção chorando compulsivamente, mal podendo enxergar por causa das lágrimas. Meu coração pareceu partir, esfolar, doer, meu peito ardeu apenas de puxar o ar que me era necessário para respirar. Minha voz, meu choro ficaram entalados na minha garganta junto com um imenso caroço que der repente me impedia até mesmo de respirar. Apenas as lágrimas corriam em meu rosto enquanto abraçava Josh sem conseguir tirar os olhos da cena que seria meu pior pesadelo para o resto da vida, a razão do meu eterno desespero e dor inexoravelmente forte de ter perdido quem eu amava incondicionalmente mais que minha própria vida.

-Mamãe eu não queria, sinto tanto. Porque ela fez isso?Mamãe eu a amava tanto. - disse Josh convulsionando em choro.

-Eu sei filho eu também a amo muito.

Síndrome do Pânico III

Tenho medo de não resistir antes de ver meus sonhos realizados.

Antes do amor sincero, antes da felicidade plena, antes de crer que no fim fica tudo bem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Decepções

Ao correr da primeira lágrima a verdade vem a tona antes mesmo que as palavras possam ser pronunciadas.

-Me perdoe, eu não queria te decepcionar.

Eu sorri e sequei sua lágrima que rolava tristonha.

-Não se culpe, o erro não foi seu. Ele é com certeza meu. Decepção não existe. Somos nós que esperamos mais do que as pessoas podem nos dar. É como querer uma limonada de uma maçã. Eu aprendi isso a muito tempo. Todo mundo sabe disso, mas como todo ser emocional eu ignorei e sempre espero mais que as pessoas podem me dar, até espero mais do que eu mesma consigo. Esse é o problema, toda ilusão acaba um dia. E a nossa não podia ser diferente não é!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Suicídio de Jenna II: Josh


Acordei um forte barulho de algo chocando contra uma vidraça lá embaixo. Levei um susto e meu coração disparou, meus olhos imediatamente vasculharam a cama em busca de Jenna, e ela não estava ali, senti um arrepio que percoreu minha coluna em um sentésimo de segundo antes que eu me lançasse em direção a sacada. Ao ver a quantidade de pessoas lá embaixo em volta dela, o capo do carro todo amassado com a forma do seu frágil corpo, os vidros esmigalhados esparramados pelo chão as lágrimas correram involuntariamente, senti uma imensa agonia enquanto corria escadas abaixo, senti uma incomensurável dor no peito, eu sequer conseguia lembrar como respirar, eu estava tão desesperado para que aquilo fosse apenas um pesadelo, para que fosse mentira, para que fosse uma grande ilusão da minha mente cansada. Meu peito esplodia em sentenas de lágrimas eu realmente estava desesperado, ela não podia ter feito aquilo comigo. Eu a amava como minha vida. Ao chegar na porta do prédio tive maior noção da confusão. Já juntavam-se milhares de curiosos na movimentada 5th avenida, sai empurrando todos que estavam na minha frente me espremendo por entre os espaços vagos no meio da multidão, mas parecia que quanto mais eu me forçava para chegar mais dificl era, a dor almentava, meu peito explodia em fagulhas que me machucavam fortemente por dentro, eu nem sei se seria forte o suficiente para me aproximar mais.
- Nããããããããããããããããoooooooooooooooooo. SAIAM DA FRENTE, É MI-NHA IRMÃ, MIIIII-NHAAAA! Saiam, saiam, saiam... - Tive um acesso de histeria, gritei não conseguindo conter a dor dentro de mim, logo depois eu não conseguia parar de repetir a palavra minha, minha irmã.
Lá estava ela encima do carro que estava estacionado no outro lado da rua, frente ao prédio.Como ela conseguiu chegar tão longe? A rua inteira parou , o transito estacionou, milhares de pessoas estavam ali. Observando o incrível estrago que seu corpo frágil e debilitado pela doença fez ao carro. Ela estava linda e serena, com seu vestido preferido, e com muito sangue correndo pelos lábios. Seus membros torcidos pelo impacto. E seu corpinho todo machucado. Morta.
- Porque, você fez isso? POR-QUE? JEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENNAAA!
Subi encima do carro e agarrei-a com toda minha força, como se minha força vital pudesse ser transferida a ela, o que eu faria apartir de agora? O que eu diria ao papai e para a mamãe?
-EU TE AMO Jenna. Você é meu tudo. Porque? - Fiquei abraçado ao seu corpo, chorando até ver mamãe vindo e empurrando a multidão, fui ao seu encontro ela me abraçou forte começou a chorar, me amarrando em seu abraço.
-Mamãe, eu não queria, sinto tanto. Porque ela fez isso? Mamãe eu amo ela.
- Eu sei filho eu também a amo muito.