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terça-feira, 10 de maio de 2011

Jess

Este é um trecho do meu livro, uma parte que eu considero emocionante e que eu mesma chorei escrevendo.
É parte do primeiro capítulo, logo após a morte da mãe de Jess, mais especificamente minutos após seu enterro, ela foi assassinada na noite do lançamento do terceiro livro de Jess. E depois trará verdadeiras revoluções e mudanças na vida dessa garota.

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-Charlie, você pode me deixar um pouco sozinha aqui, por favor? Antes de irmos?


-Tudo bem, Jess. Eu te espero no estacionamento assim que estiver pronta. –disse ele.



-Tá. –Esperei até que ele se afastasse, deixei novamente que algumas lágrimas rolassem agora elas já não rolavam tão intensamente, porque depois de tanto tempo os meus olhos já estavam secos e ardiam muito. –Mamãe, sei que você não pode me ouvir, e neste ultimo dia tenho ido contra tudo que eu acredito, e queria muito que você pudesse ouvir agora tudo que eu tenho para te dizer, o que é bem impossível, é claro, mas se de alguma forma dai aonde você esta, não sei exatamente aonde, ou se este lugar vem a existir, mas eu quero que saiba que eu te amo muito mais que a minha própria vida, que você era tudo que eu tinha e que agora só restam cacos, cacos minúsculos de vida em mim, os pedaços mais fracos insignificantes e vazios da minha vida são os meus, os pedaços mais importantes de mim foram embora com você, e por mais que as pessoas ao meu redor, as pessoas que me amam, tentem colar estes pedaços, eu jamais voltarei a ser como era antes, sempre vai faltar um pedaço, este pedaço enorme que era você. A dor pode diminuir, mas a cada natal, a cada pascoa, a cada aniversário meu, a cada aniversário seu, a cada dia das mães, eu vou lembrar-me de você e da dor que isso deixou no meu peito. Afinal eu nem sei o que vai ser de mim a partir de agora, eu não sei aonde vou viver, se vou viver com a vovó ou sei lá mais quem pode me querer, quem sabe ninguém, quem sabe como vou me virar agora sem você, como vou fazer sem você que me apoiava em tudo, eu quero saber como é que se faz para se manter em pé quando não se tem mais chão? Como se constrói uma casa começando do telhado para baixo? Como eu vou viver aqui sem você? O será de mim sem o seu amor? Eu te amo. Mamãe. E espero que se você estiver em algum lugar olhando por mim, me de forças pra viver e entender como viver aqui sem ter você. Mamãe como eu vou conseguir amar se meu coração se transformou em um enorme buraco negro, se meu coração parece um furacão? Eu só quero que saiba que eu preferia ter morrido, ao fazer o que eu fiz, foi por minha causa que você está ai, foi por mim que você morreu. Eu daria minha vida para estar no teu lugar. Mamãe eu te amo. – Deixei o buquezinho de rosas brancas que eu tinha na mão encima da plaquinha na grama recém-colocada encima da terra remexida, que indicava a ultima lembrança da minha pior perda.

Levantei e quando me virei Charlie estava logo ali, um pouco distante, mas não muito, me esperando, de braços abertos para me dar um abraço. Eu fui bem devagar e ao abraça-lo mais uma vez senti meu rosto humedecer.

4 comentários:

Rαкєℓ disse...

Que lindo seu blog visitarei sempre..

aguardo sua visita tbm
bjooss

daniele disse...

mim segui q te sigo de volta bjs

Gleici ... disse...

Adoro todos os seus textos... e como sempre eles transpassam a nossa imaginação, quando os leio me coloco no lugar da personagem, sentindo as emoções que você transmite ao escrever!
Só um conelho, nunca pare! e você sabe que eu sou sua leitora fiel, e sempre serei! Quero uma dedicatória quendo o livro fotr publicado! S2

@AnnaCastanheira disse...

Rakel e Gle muito obrigado. Vocês me fazem ter vontade de escrever. E Daniele eu não te seguirei simplismente para que me sigas de volta, quero que as pessoas me sigam por gostar do meu blog, e do que eu escrevo.
Gle te amo e vou escrever uma dedicatória mt especial a cada cartilha que eu escrever!

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