Welcome to my blog, hope you enjoy reading
RSS

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Decepções

Ao correr da primeira lágrima a verdade vem a tona antes mesmo que as palavras possam ser pronunciadas.

-Me perdoe, eu não queria te decepcionar.

Eu sorri e sequei sua lágrima que rolava tristonha.

-Não se culpe, o erro não foi seu. Ele é com certeza meu. Decepção não existe. Somos nós que esperamos mais do que as pessoas podem nos dar. É como querer uma limonada de uma maçã. Eu aprendi isso a muito tempo. Todo mundo sabe disso, mas como todo ser emocional eu ignorei e sempre espero mais que as pessoas podem me dar, até espero mais do que eu mesma consigo. Esse é o problema, toda ilusão acaba um dia. E a nossa não podia ser diferente não é!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Suicídio de Jenna II: Josh


Acordei um forte barulho de algo chocando contra uma vidraça lá embaixo. Levei um susto e meu coração disparou, meus olhos imediatamente vasculharam a cama em busca de Jenna, e ela não estava ali, senti um arrepio que percoreu minha coluna em um sentésimo de segundo antes que eu me lançasse em direção a sacada. Ao ver a quantidade de pessoas lá embaixo em volta dela, o capo do carro todo amassado com a forma do seu frágil corpo, os vidros esmigalhados esparramados pelo chão as lágrimas correram involuntariamente, senti uma imensa agonia enquanto corria escadas abaixo, senti uma incomensurável dor no peito, eu sequer conseguia lembrar como respirar, eu estava tão desesperado para que aquilo fosse apenas um pesadelo, para que fosse mentira, para que fosse uma grande ilusão da minha mente cansada. Meu peito esplodia em sentenas de lágrimas eu realmente estava desesperado, ela não podia ter feito aquilo comigo. Eu a amava como minha vida. Ao chegar na porta do prédio tive maior noção da confusão. Já juntavam-se milhares de curiosos na movimentada 5th avenida, sai empurrando todos que estavam na minha frente me espremendo por entre os espaços vagos no meio da multidão, mas parecia que quanto mais eu me forçava para chegar mais dificl era, a dor almentava, meu peito explodia em fagulhas que me machucavam fortemente por dentro, eu nem sei se seria forte o suficiente para me aproximar mais.
- Nããããããããããããããããoooooooooooooooooo. SAIAM DA FRENTE, É MI-NHA IRMÃ, MIIIII-NHAAAA! Saiam, saiam, saiam... - Tive um acesso de histeria, gritei não conseguindo conter a dor dentro de mim, logo depois eu não conseguia parar de repetir a palavra minha, minha irmã.
Lá estava ela encima do carro que estava estacionado no outro lado da rua, frente ao prédio.Como ela conseguiu chegar tão longe? A rua inteira parou , o transito estacionou, milhares de pessoas estavam ali. Observando o incrível estrago que seu corpo frágil e debilitado pela doença fez ao carro. Ela estava linda e serena, com seu vestido preferido, e com muito sangue correndo pelos lábios. Seus membros torcidos pelo impacto. E seu corpinho todo machucado. Morta.
- Porque, você fez isso? POR-QUE? JEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENNAAA!
Subi encima do carro e agarrei-a com toda minha força, como se minha força vital pudesse ser transferida a ela, o que eu faria apartir de agora? O que eu diria ao papai e para a mamãe?
-EU TE AMO Jenna. Você é meu tudo. Porque? - Fiquei abraçado ao seu corpo, chorando até ver mamãe vindo e empurrando a multidão, fui ao seu encontro ela me abraçou forte começou a chorar, me amarrando em seu abraço.
-Mamãe, eu não queria, sinto tanto. Porque ela fez isso? Mamãe eu amo ela.
- Eu sei filho eu também a amo muito.