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quinta-feira, 10 de março de 2011

Acasso

-Você não vai mesmo me deixar aqui? Vai?


-Eu disse que sou imprevisível.

-Não se fça eu sei que você quer sim. Eu senti você se derreter.



Beijei sua bochecha e voltei ao grupo de garotas que eu estava antes dele vir falar comigo. Tudo bem que eu queria ter beijado-o, mas ele tinha se convencido de que tinha me conquistado cedo demais. Ele foi super carinhoso e muito fofo. Minhas amigas se decepcionaram com minha atitude. E fiquei com dó de sua cara de cachorrinho pidão, mas tenho princípios (problemáticos princípios, porém os tenho). Até o fim da festa ainda trocamos olhares.

-Vamos, já ta tarde.

Quando saímos boa parte das pessoas já estavam indo embora. Minhas amigas foram para casa e eu fiquei esperando o táxi. Rezei para que ele saísse por aquela porta e me puxasse pelo braço e me beijasse ali mesmo com toda a intensidade possível.

(…)


 
O sol começava tocar meu rosto quando acordei sobressaltada. A primeira coisa que veio em minha mente foi aquilo. Ele

-Oi, meu nome é Guilherme. -Tudo bem eu paro até mesmo de beber se não acredita em mim. -Medo de gostar de alguém? E o que eu faço com o meu coração arrasado?

Tentei me convencer de que tudo aquilo era o mesmo papinho de todos. Que eu era idiota. E ele tentará me pescar.

Mas os dias foram se passando e cada vez ficava mais difícil tira-lo da minha cabeça. Cada vez que eu ia para o centro da cidade, cada vez que eu pegava um ônibus toda vez que eu estava parada em um local movimentado eu procurava. Esperava vê-lo.



Que droga! Que inferno! Foram alguns minutos de conversinha barata eu não conseguia tira-lo da minha cabeça a um mês inteiro. Tudo que eu fazia me lembrava ele.



(...)

-Olá será que eu posso tirar uma foto da senhora e do seu netinho? Eu sou fotografa e tiro fotos do cotidiano. Vocês me trazem boas lembranças.

... - Obrigado, vocês ficaram lindos.

Continuei meu caminho em direção ao trabalho tirando minhas dezenas de fotos cotidianas. E então uma rajada de vento desprendeu milhares de florezinhas amarelas das árvores primaveris, fazendo daquela praça o lugar mais encantador do planeta. O que pedia uma foto com os braços abertos recebendo o vento e as florezinhas que vinham carregadas por ele.

-Será que você poderia tirar uma fot...

-Você

Olhei em seus olhos e nem fui capaz de responder qualquer coisa, fiquei ali hipnotizada com a obra do acaso. O motivo da minha exaustão psicológica, ali para que tudo piorasse.

Ele pegou a câmera em minha mão e indicou com a cabeça para que eu fosse para o meio onde a quantidade de flores era maior. Virei me e caminhei até lá meu vestido esvoaçava nas beiradas e então a cada movimento novo que fizesse ele tirava uma foto.



- Obrigado, nem sei como agradecer. - Eu disse enquanto pegava a maquina de volta, afinal com minha cara de assustada nenhuma das fotos deve ter ficados boa o suficiente.

-Mas eu sei. - Essa foi a única coisa que ele disse antes de me agarrar com força e beijar-me tão intensamente quanto eu sonhava a dias, semanas.

-Você não sabe o quanto eu queria fazer isso.

- Tudo bem, digamos que eu também não consegui esquecer você.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ana, o que te digo?
Lindo? comum
Bom? é pouco
Que tal em estrelas?
***** 5 estrelas!!
Um encontro para ser repetido.
Um acaso que pede continuação...
vou esperar

@AnnaCastanheira disse...

*-* Obrigado. Vou pensar em uma continuação.

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